Sou uma daquelas pessoas que raramente
encontra algo que me deixe amedrontada. É, coragem eu tenho para dar e
vender. Mas sabe uma das coisas que mais
me assusta? O tempo. É uma das poucas coisas que me fazem sentir aquele frio na
barriga, aquela insegurança. Fico apreensiva, pois sou daquele tipo de pessoa
que gosta de manter tudo sob controle, porém não tenho como lutar contra o
tempo.
Ele
vem carregando tudo o que encontra pela frente, como um furacão. Carrega
decepções, carrega falsas certezas e carrega diversas dores, do pior tipo, as
dores internas, que ficam guardadas aí no seu interior cercado por muralhas
quase impenetráveis. Mas o tempo também carrega oportunidades únicas, carrega o
frescor e vitalidade da juventude, mas principalmente, carrega pessoas mais que
especiais. Acho que tenho medo é disso, de perder todos aqueles com os quais
não consigo me imaginar sem, perder minha preciosa família, perder amizades únicas onde é o único lugar em
que posso ser eu mesma.
Tenho medo de não conseguir manter tudo sob
controle e ver tudo o que amo, valorizo e vivo, se esvaindo, e não possa fazer
nada além de assistir ao grande espetáculo torturante e impiedoso do tempo. Ele
desfaz, ele afasta, ele me amedronta.
“Será que existe alguma coisa que eu possa
fazer? Qualquer detalhe que eu possa cuidar, só para que eu possa me sentir um
pouco menos impotente?” Pergunto para o nada. Então escuto uma voz doce, que
vem do meu interior, do meu coração sedento de realizações, que diz: “Sim. Olhar
para dentro de si mesma, e se perguntar: Eu realmente estou sendo feliz? Estou
lutando apesar de tudo pelos meus sonhos? Sim? Ótimo. Não? Então corra, pois o
tempo não para, ele passa diante dos seus olhos, mas você não presta atenção.”.
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